terça-feira, 31 de maio de 2016

Vice de Pioneiro: Vereador Muca ou Lorena Sanova?

O vereador Muca (sem partido), deixou a secretaria de administração municipal de Ananindeua, e voltou para Câmara Municipal. Alguns vereadores  de Ananindeua indicaram seu nome para vice de Pioneiro. Lorena Sanova (PDT), esposa do deputado Miro, também é um dos nomes fortes para a vice.

Jeferson Lima é candidato a prefeito de Ananindeua

Hoje o Blog bateu um papo rápido com o radialista Jeferson Lima,  confirmou ao blog que é pré candidato. Em primeiro lugar nas últimas  pesquisa de opinião, ele tem andado por Ananindeua e conversado com a população.

Artigo de Ivan Sampaio*: A velha política no novo cenário econômico. Será possível?

Sob grandes suspeitas, o governo Temer se inicia com a missão de consertar economicamente o país em um curto prazo. Se confirmado sua permanência na presidência após o julgamento final de Dilma, que ocorrerá dentro do prazo constitucional de 180 dias, então Temer poderá, enfim, impor com mais firmeza seu plano Neo Liberal e consolidar novamente os caminhos do país como economia de mercado. Convém lembrar que nos governos do presidente Lula, mesmo com a implementação do audacioso Plano PAC que trazia como objetivo desenvolver obras de infraestrutura e no ambiente social, coisa impensável em outros governos, tal audácia conduzida de forma pragmática, não impediu que o país mantivesse a estabilidade fiscal. Os programas sociais, elogiados por todas as lideranças mundiais, criou nova realidade para uma nação inteira, bonificada com os programas que favoreceram e inseriram as classes mais inferiores que passava ao largo das benesse do desenvolvimento econômico promovido pelos governos anteriores, as classes dos estratos mais baixos de nossa sociedade ascenderam e passaram a ter o privilégio que historicamente sempre foi negado.

Nos primeiros dias de seu governo, Temer já demonstrou que para atingir seus objetivos, cortará a carne das conquistas das classes desfavorecidas, cortando programas sociais, como já ocorreu no Bolsa Família, programa Minha Casa, Minha Vida; Mais médicos, programas educacionais, entre outros. O tal ajuste, como um remédio amargo, terá um preço a ser pago e que mais dor produzirá àqueles que dependem da assistência social do governo. A reforma da Previdência, que já está atrelada ao Ministério da Fazenda, anuncia perdas ao trabalhador, que terá de trabalhar mais tempo para gozar o mínimo necessário nos anos finais de sua existência.

E outras reformas em gestação, como a trabalhista, visa diminuir direitos e aumentar obrigações dos trabalhadores com a produção. De novo, teremos os grilhões, como na escravatura em que favorecia apenas a classe produtiva e dos senhores de engenho que enriqueciam através da exploração do trabalho escravo. Privatizações, Parceria Público Privada e Terceirização fazem parte dessa cartilha imposta a Temer pelos barões do Capital em troca do apoio em sua campanha de tomada do poder, que por certo, além de dilapidar o patrimônio público, não suavizarão o quadro atual.

Ao afirmar no Programa Fantástico que por não ser candidato à reeleição em 2018, fará todas as reformas livres de pressões políticas, o que o tornará mais perigoso e imune a manifestações contrárias ao plano já em vigor.

Ao contrário do que imaginávamos, com sua posse, a bolsa não subiu e o Dólar não caiu. Um mau sinal que indica todas as desconfianças do mercado, que não vê novas possibilidades de sucesso com a equipe de ministros formada com personagens respondendo processos que representam o fisiologismo arcaico e devorador. Como então, a velha política poderá trazer inovações e melhorias de vida em curto prazo ao povo que chora e vaga atrás de emprego e novas oportunidades? Como avaliar suas boas intenções quando não promoveu sequer uma única mulher ou negro ao seu ministério? Como ficará em seu governo questões de Direitos Humanos amplamente valorizada nos Governos Lula e Dilma? Como enxergarmos em sua administração, políticas públicas voltadas para favorecer o povo, depois de tantos cortes na área social?
O governo Temer será marcado pelo arrocho e desprezo a dor e sofrimento que atropelará principalmente as classes mais desfavorecidas da sociedade e também a classes dos trabalhadores, que perderão conquistas sociais e direitos trabalhistas. Erasmo felizes e não sabíamos.

* Ivan Sampaio é empresário e foi presidente da ACIA Associação Comercial e Industrial de Ananindeua

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ex-presidente do PSDB de Minas é preso pela PF por suspeita de desvio de 2 bi

Via Revista Fórum

Narcio Rodrigues, ex-deputado federal, ex-presidente do PSDB de Minas, de 2004 a 2007 e de 2009 a 2011, e ex-secretário de Ciência e Tecnologia no governo Anastasia, o relator do impeachment de Dilma no Senado, acaba de ser preso em Belo Horizonte.
Sua prisão é fruto de uma operação conjunta da Polícia Militar, do Ministério Público e da Polícia Federal. A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que seis pessoas foram presas, entre elas Nárcio Rodrigues.
Entre as seis prisões, uma foi realizada em São Paulo. A identidade do preso ainda não foi revelada. A operação, batizada de  Aequalis, também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Frutal, no Triângulo Mineiro, cidade natal de Narcio.
O noticiário de Minas Gerais dá conta de que a investigação teria como objeto desvios da ordem de 2 bilhões de reais.
Narcio é um dos homens fortes de Aécio e Anastasia e sua prisão está sendo tratada como uma bomba em Minas Gerais.
A partir de Narcio, pode-se abrir a caixa preta do que aconteceu nos 12 anos de governo tucano no estado.

O prêmio para as gravações de Sérgio Machado, por Janio de Freitas



Jornal GGN - Em sua coluna publicado ontem (29) na Folha de S. Paulo, Janio de Freitas analisa as gravações feitas por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, que acabaram tirando Romero Jucá do ministério do Planejamento. Janio afirma que Machado será premiado pela Justiça por gravar "colegas que o têm por confiável, incluído aquele a quem deve o emprego magnífico usufruído por dez anos". Janio também argumenta que, apesar de acusados pela imprensa de "tentar obstruir" o prosseguimento da Lava Jato, as falas de Machado e dos gravados  "vão em sentido oposto à obstrução". 
Leia a coluna abaixo:
Da Folha
 
Janio de Freitas
Nas gravações feitas por Sérgio Machado e em sua divulgação há um componente que reflete bem o estágio em que estamos, sendo incerto que apenas o atravessamos. Prefiro não definir nem qualificar o componente, também por desnecessidade. É suficiente sintetizá-lo na prática.
Um homem procura colegas que o têm por confiável, incluído aquele a quem deve o emprego magnífico usufruído por dez anos. Mesmo sem ser explícito, faz entender que busca ajuda solidária para o risco angustiante de ser entregue, por atos de sua plena responsabilidade, a um juiz que valoriza a cadeia como passo preliminar. O homem conduz as conversas, em sutis induções e insistências. Grava-as, sem disso ser suspeitado. Não se sabe quantas foram, nem quantos os gravados.
O homem divulga várias gravações. Gravado que não se comprometeu com propostas condenáveis, passa, no mínimo, pelos dissabores do escândalo. Os que se mostraram mais solícitos com as angústias do colega, porém, fosse por solidariedade ou por combiná-la com sua própria situação, foram –como outros vão ser– por ele entregues às feras, com suas situações agravadas. Por tal atitude, o homem será premiado pela Justiça.
É reconfortante, ao menos, imaginar que não podem ser muitos os capazes de agir da mesma maneira desse homem cujas angústias lhe parecem justificativas para tudo. A imaginação é temerária, no entanto. A naturalidade com que esse enredo é tratado na imprensa e na TV, é lido e ouvido, é citado e comentado até como um momento de comicidade, não pode ser sem significação profunda. Até pela extensão, como se unânime. Se houve algum repúdio, alguma consideração crítica, uma reprovação qualquer, não a encontrei.
O cinismo pode ser uma epidemia? Ou, quem sabe, é uma insensibilidade endêmica e progressiva, um Alzheimer que devora a memória dos valores pessoais. Seja o que for, é o mal de um país que está doente. Muito doente.
MACHADO A JATO
Os gravados e o próprio Sérgio Machado estão acusados pela imprensa de "tentar obstruir" o prosseguimento da Lava Jato. Há dois motivos para outra interpretação: primeiro, porque nenhum deles tentou coisa alguma, a não ser nos títulos de jornais; depois, porque suas palavras vão em sentido oposto à obstrução.
"Aécio é a bola da vez", "ninguém escapa", "no Congresso só escapam uns cinco", "no PSDB não sobra ninguém", e por aí segue a contabilidade dos que têm conhecimento intestino do Congresso. Mas esse desnudamento põe a Lava Jato contra a parede: em vez de obstrução, indica quanto os seus integrantes deveriam trabalhar ainda. Ou já tê-lo feito.
Gravados e gravador vão mais longe, como dizem por aí, na imposta "saia justa" (uma das maiores invenções da humanidade, ultrapassada só pela minissaia): com as referências a Aécio, ao PSDB sem salváveis, só cinco inocentes, Sérgio Machado e seus gravados querem que a Lava Jato deixe de transitar em mão única e entre nas vias que até agora bloqueou.
Aí já querem demais. E não entenderam a contribuição da Lava Jato, com a ida coercitiva de Lula para o aeroporto, a divulgação dos seus telefonemas com Dilma, e o veto à sua posse ministerial por Gilmar Mendes, criando o clima coincidentemente adequado para a decisão de Eduardo Cunha pró-impeachment.
A propósito, a divulgação das gravações de Sérgio Machado e a queda de Romero Jucá, do PMDB, não atestam a indiferença da Lava Jato entre partidos, como pretendem alguns comentaristas. Tudo nas gravações é obra só de Machado, mais da alma do que do corpo. E por elas Jucá se foi, apesar de Michel Temer, e não por ação da Lava Jato. 

Entrevista com Irmão Joclau: Retrocesso no Prouni e Fies

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pitágoras Concurso: Turmas para PM


Franklin: esse Golpe não dura!. Temos Supremo?








Créditos: Fotos Públicas
Franklin Martins: Esse Golpe foi organizado pela mídia

O jornalista Franklin Martins começou o seu engajamento na política aos 20 anos como estudante de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (à época Universidade do Brasil), ao ser eleito presidente do DCE da Universidade e, logo depois, vice-presidente da União Metropolitana dos Estudantes. Com a ditadura, aderiu à luta armada como militante do grupo comunista MR-8 e da Dissidência Universitária da Guanabara. Ganhou notoriedade ao ser um dos articuladores do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrik, em 1969. A ação possibilitou a libertação de 15 guerrilheiros presos. Exilado em Cuba, Chile e França, voltou com a anistia 10 anos depois. Atuou como repórter em vários veículos até chegar à TV Globo como comentarista em 1996. Em 2002, foi indicado ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal durante o mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva onde ficou até dezembro de 2010. 

Em palestra no Sindicato dos Engenheiros do Rio, SENGE-RJ, Franklin Martins avaliou o momento político nacional, em especial o afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Para ele, a ascensão de Temer é fruto de um golpe de estado. “Esse golpe foi organizado pela mídia, é um bombardeio de informação enviesada e partidarizada”, garante. Apesar de reconhecer que o ato foi uma grande derrota para o projeto político do PT e de Lula, Franklin acredita que o povo saberá encontrar os mecanismos para fazer prevalecer os seus interesses. “Temer vai tentar impor um programa de retrocesso que o povo brasileiro não aceitará”. E completa: “O futuro é nosso”.

Como está vendo a deposição de Dilma?

Esse processo de golpe de Estado nos impactou fortemente. Estou vivendo o meu segundo golpe. No primeiro, eu tinha 15 anos. Esse agora eu tenho quase 70. A primeira reação, repetindo o Chico Buarque, é golpe de novo não. Estou convencido que não é mais o mesmo tipo de golpe de Estado. O Brasil é um país muito mais maduro, consciente, organizado e disposto a lutar pelos seus direitos. Este golpe não vai ter a longevidade da ditadura. O primeiro ponto é a democracia. Queremos resolver através do voto. É assim que formaremos maiorias e minorias políticas e organizaremos as nossas instituições. Isso é uma conquista da luta contra a ditadura, da Constituinte e do processo político posterior. É isso que os golpistas estão atacando. Vamos ser claros: eles não estão só atacando os 54 milhões de eleitores de Dilma, estão atacando os 110 milhões de eleitores. Nós estamos vivendo um retrocesso, atingindo aquilo que está na base da agenda política que é o voto. Esse golpe foi organizado pela mídia. É um bombardeio de informação enviesada e partidarizada.

O que acha da reforma política e da regulação da mídia?

O Brasil é grande na sua diversidade e precisa reduzir as desigualdades regionais. Os avanços nos últimos anos foram excepcionais, mas algumas coisas ficaram pendentes, entre elas a reforma política e a regulação da comunicação. A votação proporcional não dá certo, porque estimula o dono do mandato ao invés do partido que o elegeu. Por isso, o Congresso é cada vez mais dominado pelo dinheiro. Virou um grande balcão. Não existe chance de melhorar nas próximas eleições desta forma. A reforma política não acontece porque quem vota ela é este Congresso elitista. A regulação da mídia é urgente. As rádios e televisões são concessões. Todas os setores da economia onde vigora o sistema de concessões têm obrigações. Isso vale para a energia, transporte público urbano, aviação. Todos têm regulação que precisa ser cumprida, caso contrário perdem a concessão. Na radiodifusão não. O nosso código geral de telecomunicações é de 1962. Ele não responde pelos problemas atuais. Naquela época tinham dois milhões de aparelhos de TV, hoje todas as casas têm. Sem regulação é a lei da selva. Sempre ganha o forte. É indispensável democratizar. Não é censura. Os governos Lula e Dilma ficaram devendo nessa área. É muito difícil aprovar isso no Congresso porque os deputados têm medo de ser bombardeados pela imprensa. Os blogs e portais estão gerando informação a partir da internet. Os grupos midiáticos não têm o monopólio total, só na radiodifusão. Mas, é pouco.

A inclusão social está ameaçada?

Só é possível ter democracia, moeda estável, crescimento, com inclusão social. Senão, nada disso é possível. Fragiliza. Temos que defender a agenda que estamos construindo, defender a democracia.

E a Soberania Nacional

Nós não precisamos que os nossos ministros tirem os sapatos nos aeroportos dos Estados Unidos. Não precisamos consultar a Casa Branca para instituir um novo modelo de exploração do Pré Sal. Não precisamos ter o ok dos EUA para construir uma política de relacionamento, de integração regional, de solidariedade com a África. Ou seja: o Brasil não é o quintal dos EUA. Tem ainda uma questão geopolítica: o Brasil descobriu as maiores jazidas de óleo e gás dos últimos 30 anos. Eles estão nos atacando da forma que podem, não enviaram marines para cá, mas estão de olho na exploração.

O que acha de nossas elites? 

As elites são dinheiristas predadores, não têm projeto de país. O povo para eles é um acidente geográfico. Elas sempre governaram para um terço das pessoas. Ao contrário do governo Lula que provou que é possível governar para todos. O povo não é um estorvo, uma carga, é energia, possibilidade de crescimento. Ele precisa ter condições de se desenvolver. As elites perderam quatro eleições seguidas e querem aplicar seu projeto com Temer e se impuseram ao país. Nós sofremos uma derrota muito forte. Estamos com desafios imensos pela frente. Esse ministério do Temer é cheio de filhos de políticos, é a cara da sessão da Câmara que derrubou Dilma. O seu governo é uma improvisação absoluta, não sabe o que fazer com o país.

O que fazer agora?

Vamos fazer política, construir maiorias, tentar reduzir o isolamento. É preciso oxigenar, gerar pensamentos com o que vem de novo. Nos últimos meses, a sociedade despertou. Hoje ela quer mais, a garotada tem pautas diferentes. Existe um Brasil novo pulsando, acho que vai reforçar a luta. Eu olho para o governo Temer e para a TV Globo e digo: nós perdemos, não vamos subestimar, a democracia foi seriamente atingida. Mas, sinceramente, o futuro é nosso.

Esse golpe era irreversível? 

O futuro ao Deus pertence. Esse governo é fruto de um golpe. Ele rasgou o instituto do voto sem que Dilma tenha cometido nenhum crime de responsabilidade. Ela foi tirada do poder, posto um vice que vai aplicar um programa que foi derrotado nas eleições. É gravíssimo, mas acredito que o povo brasileiro vai resistir, vai defender a democracia. Esse golpe não prevalecerá por muito tempo.

Caminhamos para uma crise maior?

Esse governo vai sofrer uma instabilidade muito grande porque não é fruto do voto. É fruto de um golpe articulado pelas grandes corporações de mídia, pelos partidos de oposição, pelo Congresso, pelo Ministério Público, parte do judiciário que omitiu-se. O que vai sair do governo Temer? Não vai ter nenhum céu de brigadeiro não. Acho que vai tentar impor um programa de retrocesso que o povo brasileiro não aceitará.

Qual é recado para a sociedade?

O povo saberá encontrar os mecanismos para fazer prevalecer os seus interesses.

E o Supremo continuará omisso?

Nós temos Supremo?

E o papel da imprensa independente?

A imprensa independente sempre teve, nos momentos de grandes dificuldades, um papel muito importante, muito relevante. Ela tem que ser cada vez mais competente, profissional e mais leve que a mídia tradicional.

Quais são os pontos fundamentais para uma agenda nacional no país?

Depois da redemocratização, a partir da nova Constituição e da luta democrática, o país construiu uma agenda nacional de seis pontos. Primeiro ponto, a democracia, o voto. Segundo, a necessidade de uma moeda estável, terceiro é crescimento econômico, não basta ter moeda. O país tem que crescer para abrir oportunidades. Quarto é inclusão social, o Brasil é um país profundamente injusto do ponto de vista social. O quinto ponto é a redução das desigualdades regionais. Não pode concentrar todo o crescimento em São Paulo ou no Rio. Ele tem que ser distribuído para todo o país. Isso é até bom para paulistas e fluminenses, pois impede o inchaço das grandes cidades. Em sexto, a construção de uma política de soberania nacional. O Brasil não é o quintal dos EUA. Queremos boas relações com eles, mas não com o caráter de subordinação. Devemos construir relações fortes com a América Latina, a África, ter relações com outras grandes nações no mundo que não sejam os Estados Unidos. O Brasil tem de defender os seus interesses e seus valores. Esta agenda de seis pontos está ameaçada pelo golpe que levou Temer ao poder.

As utopias morreram?

Por que elas morreram? Continuam existindo.


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Não pagou: Carros da Semutran da prefeitura de Ananindeua são guinchados por ação judicial

Por falta de pagamento por parte da Prefeitura de Ananindeua (PMA) estão guinchando os veículos da Semutran. Segundo uma fonte, a PMA não renovou o contrato de locação dos veículos da guarda municipal e Semutran e o proprietário retoma a posse dos veículos via o mandato judicial. Esperamos que o Prefeito Pioneiro emita nota a imprensa informando os motivos. Lembrando que o Semutran é um órgão que arrecada.

Grupo de fiscais do trabalho é atacado por pistoleiros no Pará


Dia 24 de maio de 2016

 Fonte: O Estado de São Paulo

Sete homens encapuzados e armados abriram fogo contra auditores após denúncia de agressão e maus tratos contra trabalhadores de uma fazenda
Sete homens encapuzados e armados abriraram fogo na última quarta-feira, 18, contra agentes federais que estavam dentro de uma caminhonete numa estrada de São Félix do Xingu, no sul do Pará. A Polícia Federal investiga o caso, divulgado na quinta-feira, 19.
O grupo foi localizado por fiscais e auditores do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que combate o trabalho escravo, após denúncia de agressão e maus tratos contra trabalhadores de uma fazenda. Escoltados por policiais rodoviários federais, os agentes federais reagiram e trocaram tiros com os criminosos, que abandonaram o automóvel que ocupavam e fugiram pela mata. Eles deixaram no veículo documentos, armamento, munição, GPS, rádio e uma elevada quantidade de dinheiro. Nenhum dos fiscais, auditores ou policiais ficou ferido.
Segundo a vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ana Cláudia Bandeira Monteiro, isso foi “um ataque absurdo à própria ação do estado brasileiro na proteção aos direitos de trabalhadores”. Para ela, a redução do trabalho dos fiscais, na intensificação do combate ao trabalho escravo, principalmente em regiões de difícil acesso, como no caso do Pará, por alegada escassez de recursos do governo federal, representa um “lamentável retrocesso”.
A procuradora disse ao Estado reconhecer que o quadro nacional é de crise econômica, mas enfatiza que a fiscalização pelo Grupo Móvel nas fazendas onde há denúncias de trabalho escravo “deve ser uma prioridade”, pois significa a “promoção da cidadania e a reafirmação do estado democrático”.
“O país não pode crescer com a precarização das condições de trabalho e nem com o barateamento da mão-de-obra, como ocorre no trabalho escravo”, resumiu a procuradora, observando que o atentado ocorrido na quarta-feira no Pará terá de ser esclarecido com o indiciamento e punição dos responsáveis.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, “atos truculentos como este atentam contra o estado democrático de direito e têm por objetivo impedir a atuação dos auditores-fiscais.”
Por ordem da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho, a operação em São Félix do Xingu está suspensa até que a ocorrência seja investigada pela polícia e o grupo possa voltar a trabalhar em segurança. Silva disse que a segurança dos auditores é um tema constante na pauta do Sinait e afirmou que ameaças e agressões são relatadas com frequência.
Unaí. Caso semelhante acabou com a morte de três fiscais do trabalho e um motorista em Unaí, no interior de Minas gerais em 28 de janeiro de 2004. Ele foram assassinados a tiros por pistoleiros. Em novembro do ano passado, um dos mandantes do crime, o ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, foi condenado a 100 anos de prisão.

Operação Lava Jato "Aécio está com medo", diz Renan sobre delação de Delcídio

Em áudio vazado, presidente do Senado diz que senador tucano pediu ajuda para saber detalhes do acordo feito por Delcídio do Amaral com a Justiça
por Redação

Antonio Cruz / Agência Brasil
 
Michel Temer, Renan e Aécio: medo?

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado por cinco delatores diferentes da Operação Lava Jato, é mencionado em um novo áudio vazado que tem como personagens o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
Divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, os áudios mostram Renan e Machado conversando sobre a crise política e possíveis saídas para ela. Em determinado ponto da análise, Machado afirma que toda a classe política está com um "aperto nos ombros" e Renan responde dizendo estarem todos com medo.
O senador emenda citando Aécio, presidente do PSDB e candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014, que estaria "com medo" da delação do senador cassado Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma Rousseff, e teria pedido a ele para buscar mais informações sobre o acordo.
MACHADO - E tá todo mundo sentindo um aperto nos ombros. Está todo mundo sentindo um aperto nos ombros.
RENAN - E tudo com medo.
MACHADO - Renan, não sobra ninguém, Renan!
RENAN - Aécio está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa.'
MACHADO - Renan, eu fui do PSDB dez anos, Renan. Não sobra ninguém, Renan.
Em sua delação, Delcídio cita dois casos envolvendo Aécio Neves. No primeiro, ele afirma que o tucano recebeu propina em um esquema de corrupção em Furnas, subsidiária da Eletrobras.
No segundo, Delcídio afirma que, na época em que presidiu a CPMI dos Correios, que investigou o "mensalão", um emissário do tucano lhe pediu que o prazo de entrega da quebra dos sigilos do Banco Rural fosse ampliado, a fim de “maquiar os dados”.
“A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valério ‘e companhia’”, diz a delação. Delcídio afirma, ainda, que a estratégia se devia ao fato de que “a gênese do mensalão teria ocorrido em Minas”.
Na segunda-feira 23, a mesma Folha de S.Paulo revelou gravações entre Sergio Machado e Romero Jucá (PMDB-RR) que acabaram derrubando o ministro do Planejamento de Michel Temer. Nos áudios, Machado, que foi líder do PSDB no Senado antes de deixar a política, afirma que "Aécio não tem condição" de ganhar uma eleição e pergunta: "Quem não conhece o esquema do Aécio?".

Sergio Machado, um dos primeiros alvos da Lava Jato, fez um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato e os termos, segundo reportagem do jornal Valor Econômico, foram homologados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato na corte.

Renan pede desculpas a Aécio
De acordo a Folha, em resposta ao jornal, Renan Calheiros enviou uma nota afirmando que todas as opiniões manifestadas na conversa com Sergio Machado já eram públicas. Em relação a Aécio, no entanto, Renan "se desculpa porque se expressou inadequadamente". O presidente do Senado, diz a nota, "se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação – e não medo – com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral."
A Executiva Nacional do PSDB disse ao jornal que vai "acionar na Justiça" o ex-presidente da Transpetro. Para o PSDB, é "inaceitável essa reiterada tentativa de acusar sem provas em busca de conseguir benefícios de uma delação premiada".
"Fica cada vez mais clara a tentativa deliberada e criminosa do senhor Sérgio Machado de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, em especial, sem apontar um único fato que as justifique. As gravações se limitam a reproduzir comentários feitos pelo próprio autor, com o objetivo específico de serem gravados e divulgados", diz o partido.

Mãe Beata de Yemonjá e a força da representatividade feminina


por Kauê Vieira


Não existe branco no Brasil. Todos nós temos sangue negro e devemos correr atrás de nossas raízes”, Mãe Beata de Yemonjá. (Foto: Reprodução/YouTube) 


O Candomblé é uma religião de origem africana que se desenvolveu no Brasil a partir da chegada de homens e mulheres negras trazidos a força pelos colonizadores portugueses como escravos. Espalhados pelos quatro cantos do país, os terreiros ou Ilês (casa em iorubá), são verdadeiros centros de cultura e preservação da memória africana. Plural e sempre conectado com a natureza, o Candomblé recebe todos e todas independentemente da cor da pele, situação financeira ou orientação sexual, além disso a figura da mulher é fundamental na tomada de decisões e no zelo pela harmonia dos cultos.


Entre tantas mulheres notáveis, como Mãe Stella de Oxóssi e Mãe Menininha do Gantois, só pra ficar em duas, está Beatriz Moreira Costa, a Mãe Beata de Yemonjá. Filha de Maria do Carmo e Oscar Moreira, a baiana nasceu em Cachoeira – cidade do Recôncavo Baiano, em 20 de janeiro de 1931 e como a mesma não se cansa de contar, já chegou ao mundo feita no santo, como se diz popularmente.


“Minha mãe tinha muita vontade de ter uma filha. Um dia ela engravidou. Acontece que, num desses dias deu vontade nela de comer peixe de água doce. Com fome ela disse: ‘já que não tem nada aqui, vou pro rio pescar’. Ela foi e quando estava dentro d’água, a bolsa estourou. Ela saiu correndo, me segurando, eu já estava nascendo. E nasci numa encruzilhada. Tia Alafá, uma velha africana que era parteira do engenho nos levou (minha mãe e eu) para a casa e disse que tinha visto que eu era filha de Exu e Iemanjá. Assim foi meu nascimento”, conta em uma de suas passagens mais conhecidas.


Nos anos 1950, já perto dos 20 anos de idade, Mãe Beata se muda para a capital Salvador e lá o contato com a religião se intensifica. Agora estava sob os cuidados da tia Felicíssima e de seu marido Anísio Agra Pereira, filho de Logunedé e Babalorixá. Por cerca de 17 anos Mãe Beata foi sua abiã. Abiã é uma palavra iorubá que no Candomblé significa ‘aquele que começa um novo caminho’, ou seja, a pessoa está entrando em contato com o Orixá e aprendendo sobre a vida dentro dos terreiros. Com o falecimento do tio, a abiã Beata procura Mãe Olga do Alaketu, outra importante Ialorixá baiana e responsável pela iniciação de Mãe Beata no terreiro Ilê Maroiá Lájié.


Parte de uma família com conceitos patriarcais, casada e com quatro filhos, Beata sempre foi vista como uma mulher de vanguarda. Ao mesmo tempo em que se dedicava ao Candomblé, fazia curso de teatro amador e também participava de grupos folclóricos. Mesmo com esta visão de mundo, enfrentou um dos maiores problemas da sociedade brasileira da época e que ainda persiste nos dias atuais, o machismo. O casamento com Apolinário Costa não dava certo e cansada dos desmandos do marido resolve fazer as malas e rumar para o Rio de Janeiro com seus filhos em 1969. Naqueles tempos uma mãe divorciada não era vista com bons olhos.



Há mais de 30 anos, Mãe Beata de Yemonjá abriga em seu terreiro diversos encontros e debates sobre a cultura negra e pela importância do feminismo. (Foto: Reprodução/YouTube)


Assim como muitas outras mulheres nordestinas que migraram para o Sudeste em busca de melhores condições de vida, Mãe Beata fez de tudo na capital fluminense. Foi empregada doméstica, costureira, manicure, pintora, artesã e até figurante de novelas da TV Globo. Os obstáculos foram superados sempre com a religião como companheira. Em 1985 funda no bairro de Miguel Couto, na Baixada Fluminense, a Comunidade de Terreiro Ilé Omiojúàrò (Casa das Águas dos Olhos de Oxóssi), onde ocupa o cargo de Ialorixá. Para ter a permissão de ser chamada de Mãe, Beata recebeu direto de Salvador Mãe Olga de Alaketu, responsável por outorgar sua filha de santo. Começava ali o uso da casa de Candomblé como espaço de cultura, resistência e cidadania da população afro-brasileira.


“Não existe branco no Brasil. Todos nós temos sangue negro e devemos correr atrás de nossas raízes”, enfatiza.


Há mais de 30 anos, Mãe Beata de Yemonjá abriga em seu terreiro diversos encontros e debates sobre a cultura negra e pela importância do feminismo, demonstrando a força do Candomblé como instrumento social e de inclusão. O Ilé Omiojúàrò sediou eventos como o ‘Terceiro Encontro Regional da Tradição dos Orixás’, em 1987; o lançamento do projeto social ‘Ação e Viver’, que viabilizou a participação de jovens carentes da região e os integrou a comunidade do terreiro; o ‘Fórum de Debates Cidadania x Violência’, em 1994, além do projeto ‘Comunidade Solidária’, que capacitou profissionalmente jovens carentes da Baixada com conhecimentos na área de informática e muitos outros.

Pelo incansável trabalho social Mãe Beata recebeu diversas homenagens ao longo da vida, como o ‘Diploma de Personalidade de Destaque da Comunidade Negra’ e ‘Moção Honrosa e Congratulação pela Militância e Resistência da Cultura, Religião, Cidadania e Dignidade da População Afro-Brasileira’, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A Ialorixá também foi agraciada com a ‘Medalha de Mérito Cívico Afro-brasileiro’, homenagem da Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares de São Paulo, participou da abertura do Rock in Rio de 2001 e em parceria com a ONG Criola desenvolveu projetos para a saúde e direitos das mulheres negras.


A escrita foi outro canal de comunicação encontrado por Mãe Beata para falar sobre Candomblé e direitos humanos. Ao todo são cinco livros publicados ao longo de 84 anos de vida, ‘Caroço de Dendê’, ‘Sabedoria dos Terreiros’, ‘Tradição e Religiosidade’, ‘O Livro da Saúde das Mulheres Negras’ e ‘As Histórias que Minha Avó Contava’. Talvez o maior reconhecimento de sua dedicação veio em 2015 com o tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ilé Omiojúàrò. O terreiro foi reconhecido como peça fundamental na preservação dos saberes e valores da cultura africana e da ancestralidade por meio da produção de documentários, organização de saraus e palestras.


“Sou de uma religião em que o tempo é ancestralidade. A fruta só dá no seu tempo, a folha só cai na hora certa”, Mãe Beata de Yemonjá.

terça-feira, 24 de maio de 2016

POLÍCIA FEDERAL DESMONTA ESQUEMA DE DESVIO DE DINHEIRO DA EDUCAÇÃO no Pará

A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$100 mil, US$ 1.050 e maconha na residência do radialista Raimundo Nonato Pereira, 53 anos, da MIX FM que se encontra foragido.
A operação da PF, batizada de Operação Lesson, busca desarticular esquema de desvio de dinheiro público em fornecedora de materiais didáticos para prefeituras. Dentre os detidos, está o sr. Alberto Pereira Souza Jr., dono da BR7, a mesma envolvida no escandaloso esquema que embolsaria R$ 200 milhões para fazer um curso itinerante de inglês, onde o governo Jatene|Ana Claudia estava bancando a contratação da mesma para as aulas de inglês, e que foi o Sintepp quem fez as denúncias junto ao TJE.
O radialista Nonato Pereira, que desempenhava o papel de lobista da quadrilha, é considerado foragido da justiça, pois já há um mandato de prisão preventiva. Não é à toa que desferiu tantos ataques contra nossa Categoria. Ele irá responder por associação criminosa e peculato.
Taí o motivo desse sujeito utilizar o microfone do seu programa de rádio para atacar covardemente a direção do nosso Sindicato e constranger as/os trabalhadoras/os em educação em greve, nos chamando de “vagabundos”, justamente aqueles que lutam por uma educação pública de qualidade.
O Sintepp exige explicações da atual secretária de educação - Ana Claudia Hage, do ex-secretário estadual de educação - Helenilson Pontes (PSD), que foi vice-governador de Jatene e seu candidato ao Senado nas eleições passadas, e do próprio governador Simão Jatene (PSDB).
O Sintepp somos nós. Nossa força e nossa voz!              Fonte Sintepp

Exclusivo: Jornal Nacional de ontem foi negociado com Temer

Via Revista Fórum 

A primeira decisão foi esperar para ver qual seria a repercussão. E pela manhã tanto a GloboNews quanto o G1 trataram do assunto de forma suave e sem muito destaque.
Na Globo, porém, a avaliação era de que não havia saída para o agora licenciado ministro do Planejamento. E a mensagem foi enviada para Temer através de Wellington Moreira Franco.
O carioca não precisava ser convencido.Teria dito que iria buscar convencer Jucá a se afastar ou renunciar ao cargo, mas que não seria uma tarefa tão simples.
Durante o dia a Globo foi cobrindo o tema de uma maneira bem menos explosiva do que, por exemplo, o áudio vazado do ex-senador Delcídio. Ou do grampo ilegal da conversa entre Lula e Dilma.
Só ao final da tarde, quando a solução do afastamento de Jucá já havia sido negociada por Temer é que se decidiu por fazer um Jornal Nacional onde o caso teria destaque relevante. E que se liberou os âncoras e comentaristas da GloboNews para que pudessem tratar de forma mais intensa do assunto.
Até aí, nada muito surpreendente. A não ser pelo fato de que o sinal de que não seria necessário aliviar para Jucá teria partido da equipe de Temer, segundo a fonte do blogue.
A avaliação dos que fizeram a ponte com a Globo era a de que o tratamento da saída de Jucá não deveria ser o de um simples afastamento, mas o de uma demissão, para que Temer não saísse tão desgastado.
Não foi à toa que a apresentadora do JN, Renata Vasconcellos, abriu a nota sobre o caso fazendo bico para falar que Jucá foi “e-xo-ne-ra-do”.
E que o presidente interino apareceu no meio da reportagem dizendo ao repórter da GloboNews “que tudo iria se resolver e que estava tudo tranquilo”.
A narrativa que ficou acordada era de preservar Temer e rifar Jucá.
E por isso, o restante do bloco, não por acaso o último, foi dedicado a noticiar os principais trechos do áudio da conversa divulgada pela Folha, evitando repercutir muito o assunto e a crise que o áudio gerou.
Antes, porém, houve tempo para falar muito da crise da Venezuela e do caso que pode levar o governador de Minas, Fernando Pimentel, a ser cassado.
Segundo a fonte deste blogue, Jucá percebeu que seria rifado e falou grosso na reunião que teve com Moreira Franco e Eliseu Padilha. E num momento mais explosivo teria dito que se fosse jogado ao mar poderia fazer o mesmo que Sérgio Machado, referindo-se a delação que o ex-presidente da Transpetro negociou.
Também não por acaso, ontem, depois disso tudo acontecer e quando dava uma entrevista conturbada no Congresso que um repórter da GloboNews se aproximou dele e perguntou a queima roupa:
– O senhor está pensando em fazer delação premiada?
Jucá ficou atordoado e saiu sem responder. Mas a pergunta não estava fora de contexto. Teria sido pedida por um dos editores ao jovem jornalista.
Era um aviso para Jucá dos seus amigos do PMDB de que a ameaça já havia vazado. E de que a Globo não iria preservá-lo.
Jucá não tem mais condições de voltar ao governo e sabe disso. O que ele busca agora é se livrar da prisão. E para que isso não aconteça ele vai precisar da Globo e da mídia que citou como parte da articulação do impeachment.  Por isso, muito provavelmente, mesmo tendo entendido tudo que lhe aconteceu, vai ficar quieto. Mas só se escapar. Caso não, toda essa operação pode vir á tona e ainda com um número muito maior de detalhes.